Feedback dado pela CEO do Metaforum Brasil:
"Rene Schubert,
Feedback dado pela CEO do Metaforum Brasil:
"Rene Schubert,
"Quando os educadores se familiarizarem com as descobertas da psicanálise, será mais fácil se reconciliarem com certas fases do desenvolvimento infantil e, entre outras coisas, não correrão o risco de superestimar a importância dos impulsos instintivos socialmente imprestáveis ou perversos que surgem nas crianças. Pelo contrário, vão se abster de qualquer tentativa de suprimir esses impulsos pela força, quando aprenderem que esforços desse tipo com freqüência produzem resultados não menos indesejáveis que a alternativa, tão temida pelos educadores, de dar livre trânsito às travessuras das crianças. A supressão forçada de fortes instintos por meios externos nunca produz, numa criança, o efeito de esses instintos se extinguirem ou ficarem sob controle; conduz à repressão, que cria uma predisposição a doenças nervosas no futuro. A psicanálise tem freqüentes oportunidades de observar o papel desempenhado pela severidade inoportuna e sem discernimento da educação na produção de neuroses, ou o preço, em perda de eficiência e capacidade de prazer, que tem de ser pago pela normalidade na qual o educador insiste. E a psicanálise pode também demonstrar que preciosas contribuições para a formação do caráter são realizadas por esses instintos associais e perversos na criança, se não forem submetidos à repressão, e sim desviados de seus objetivos originais para outros mais valiosos, através do processo conhecido como ‘sublimação’. Nossas mais elevadas virtudes desenvolveram-se, como formações reativas e sublimações, de nossas piores disposições. A educação deve escrupulosamente abster-se de soterrar essas preciosas fontes de ação e restringir-se a incentivar os processos pelos quais essas energias são conduzidas ao longo de trilhas seguras. Tudo o que podemos esperar a título de profilaxia das neuroses no indivíduo se encontra nas mãos de uma educação psicanaliticamente esclarecida."
Sigmund Freud - "O interesse científico da Psicanálise" - 1913
"Ok, a máquina aprendeu a falar, mas não pode aprender a calar, pois 'by design' é feita para responder.
O que está em jogo num diálogo terapêutico nem sempre é a entrega de uma informação, um aconselhamento ou, como muitos imaginam, uma interpretação que decodifique o relato.Por meio da brincadeira, intuição e possibilidades diversas trabalhamos habilidades e recursos no grupo presente, para que o mesmo possa ser levado adiante para sala de aula, grupos de estudos, reuniões sociais, atendimentos e consultoria.
Coordenação: Neia Martins e Andreia Nascimento
Lançado dia 07.06 a partir na Livraria da Travessa do Shopping Villa Lobos
Titulo de meu artigo: Flores despetaladas - As feridas emocionais profundas causadas pelo abuso
Sinopse:
A vivência do abuso — físico, sexual, verbal, moral ou psicológico — imprime marcas profundas no corpo e na psique, interferindo no desenvolvimento emocional e sexual do indivíduo. Este trabalho reflete, a partir da prática clínica e do referencial psicanalítico, sobre os impactos precoces do trauma, especialmente quando este ocorre na infância. Feridas emocionais não elaboradas podem gerar sintomas duradouros, como depressão, dependência química, compulsões, dissociação e autossabotagem, afetando vínculos e a construção da identidade.
A partir de dados alarmantes de violência contra crianças e adolescentes no Brasil, o texto evidencia que o abuso sexual infantil constitui não apenas um trauma individual, mas também uma questão de saúde pública e responsabilidade social. O corpo, como lugar de memória e expressão do trauma, manifesta a dor reprimida através de sintomas que negam o afeto, bloqueiam a intimidade e distorcem o senso de segurança.
Apesar da gravidade do fenômeno, há possibilidades terapêuticas. A escuta clínica, o acolhimento cuidadoso e o trabalho interdisciplinar oferecem caminhos de reconstrução simbólica e relacional. A psicoterapia, ao reconhecer a singularidade de cada vítima, pode ajudar a reorganizar seu “mapa-múndi” interior, rompendo ciclos de dor, silêncio e repetição.