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O cavalo como potencializador do vínculo paciente-terapeuta


A partir da experiência com equoterapia e como psicoterapeuta em uma Instituição para crianças especiais (ambulatório infantil que atende à crianças com transtornos neurológicos e psiquiátricos), pôde-se inferir e questionar a facilitação e potencialização do contato e vínculo estabelecido entre terapeuta e paciente graças à interação mediada pelo cavalo. Muitas crianças, por seu próprio quadro clínico ou por resistência à criação de novos vínculos afetivo-emocionais mostram-se arredios ao contato e interação com o profissional em ambulatório ou consultório - necessitando por vezes de um tempo muito prolongado para confiar e participar das atividades propostas no tratamento. Percebeu-se que o cavalo, mais até do que outros animais, facilita e aproxima o paciente do terapeuta - seja pela montaria em equoterapia, seja no trato com o animal. Tal aproximação, automaticamente, opera a favor do trabalho reabilitativo ou de inclusão que o terapeuta lança como objetivo de tratamento - tendo o cavalo como estratégia terapêutica para alcançar objetivos clínicos que, sem o mesmo poderiam não ser possíveis ou prolongar-se demais no tempo o que, muitas vezes, acaba prejudicando ou inviabilizando o tratamento. Desta forma surgem diversos questionamentos de como e por qual via opera esta facilitação no contato com o outro mediado por um animal.Será apenas a presença física do mesmo ou o desejo de interação que seduzem crianças com tantas dificuldade no contato afetivo-emocional ? Por quais vias opera esta "sedução"?

O presente trabalho visa discutir clínica e academicamente os motivos por trás deste contato, fundamental a qualquer tipo de tratamento reabilitativo e, ou inclusivo.


Palavras-chave: Vinculação Terapêutica, Equoterapia, Cavalo como mediador, Crianças especiais.

Autor: René Schubert


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