Bert Hellinger
aponta que o “relacionamento de casal é
uma comunidade de destino”.
Há uma sintonia, uma busca, uma inquietação,
questionamentos, há um resgate acontecendo nos relacionamentos que nos envolvem
e nos quais nos envolvemos. Nos tomam e convidam a dançar.
Numa relação de casal há muitas pessoas envolvidas e
co-participando...direta e indiretamente. Consciente e inconscientemente. O
individual encontra-se com o coletivo. Com o próprio coletivo e com o de
outrem.
Eu, minha família, o outro e a sua família...e, se surgirem
filhos, torna-se: a nossa família.
Ou seja, quando acho que estou namorando/casando com (A) e
apenas com (A), na verdade, eu, (B) estou me relacionando/casando com (A) e com
todos aqueles (As) que o(a) compõe. Da mesma forma (A), quando casa comigo,
casa não apenas comigo, mas comigo e com todo(a)s o(a)s que me compõe (toda
minha família). As famílias, de (A) e (B) convidam assim, o casal à dançar.
A música e ritmo já tocavam antes e, o casal encontrará-se,
ou não, neste ritmo e movimento.
Entraram em sintonia, ou não, e seguirão os ritmos que
pulsam em seus corpos e motivam o corpo a criar, os passos a movimentar...
E assim, compartilhamos experiências, vivências,
sentimentos, crenças, hábitos, comportamentos, segredos...nossos...e dos que
nos precederam.
Diversos aspectos inconscientes, ocultos, desconhecidos vão
integrar a relação de casal.
Talvez isto se transforme através da relação de
casal...talvez amargue a relação de casal...talvez a finde rapidamente...talvez
a prolongue...talvez seja doloroso...talvez seja suave...talvez limite...talvez
enrijeça...talvez flexibilize...talvez, leve além...
“O primeiro obstáculo
em um relacionamento é que um não reconheça ou tenha dificuldades em reconhecer
que o companheiro tem raízes diferentes das suas e, portanto, está marcado de
maneira diferente. Que não se pode fazer de ambas raízes diferentes uma só
raiz, senão que elas permanecem diferentes. Pois, assim como o homem e a mulher
são diferentes, assim também são suas famílias de origem. E como entre o homem
e a mulher deve haver um processo que une o que é diferente, assim é também com
relação à sua família de origem. Condição prévia para tanto é que cada um
reconheça a família do outro, a valorize e a ame.” Bert Hellinger
O tecido individual vai junto ao tecido coletivo trilhar,
tecer, os caminhos dos destinos e tentar mantê-los, sofrê-los, reconhece-los,
administrá-los, elaborá-los, transformá-los,...sozinho ou em conjunto.
Será que em algum momento estamos, realmente, sozinhos?
Referência para pesquisa e aprofundamento:
O amor que nos faz bem - quando um e um somam mais que dois. Joan Garriga. Editora Planeta, 2014
Para que o amor dê certo - O trabalho terapêutico de Bert
Hellinger com casais. Johannes Neuhauser. Editora Cultrix, 2006
Relação Eu e o Outro - René Schubert -
https://reneschubert.blogspot.com/2018/01/relacao-eu-e-o-outro.html
Relacionamento e as Constelações Familiares - Treinamento
Dra. Ursula Franke Bryson e Thomas Bryson -
http://aconstelacaofamiliar.blogspot.com/2016/09/treinamento-internacional.html
Movimento interrompido em direção à mãe e/ou ao pai -
http://aconstelacaofamiliar.blogspot.com/2018/09/movimento-interrompido-em-direcao-mae.html
Schubert, R. - Quer dançar? Reflexão sobre relacionamentos de casal em tempos de crise (in) Construindo relacionamentos saudáveis. Editora Conquista, 2024


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