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Psicanalise e a Educação


"Quando os educadores se familiarizarem com as descobertas da psicanálise, será mais fácil se reconciliarem com certas fases do desenvolvimento infantil e, entre outras coisas, não correrão o risco de superestimar a importância dos impulsos instintivos socialmente imprestáveis ou perversos que surgem nas crianças. Pelo contrário, vão se abster de qualquer tentativa de suprimir esses impulsos pela força, quando aprenderem que esforços desse tipo com freqüência produzem resultados não menos indesejáveis que a alternativa, tão temida pelos educadores, de dar livre trânsito às travessuras das crianças. A supressão forçada de fortes instintos por meios externos nunca produz, numa criança, o efeito de esses instintos se extinguirem ou ficarem sob controle; conduz à repressão, que cria uma predisposição a doenças nervosas no futuro. A psicanálise tem freqüentes oportunidades de observar o papel desempenhado pela severidade inoportuna e sem discernimento da educação na produção de neuroses, ou o preço, em perda de eficiência e capacidade de prazer, que tem de ser pago pela normalidade na qual o educador insiste. E a psicanálise pode também demonstrar que preciosas contribuições para a formação do caráter são realizadas por esses instintos associais e perversos na criança, se não forem submetidos à repressão, e sim desviados de seus objetivos originais para outros mais valiosos, através do processo conhecido como ‘sublimação’. Nossas mais elevadas virtudes desenvolveram-se, como formações reativas e sublimações, de nossas piores disposições. A educação deve escrupulosamente abster-se de soterrar essas preciosas fontes de ação e restringir-se a incentivar os processos pelos quais essas energias são conduzidas ao longo de trilhas seguras. Tudo o que podemos esperar a título de profilaxia das neuroses no indivíduo se encontra nas mãos de uma educação psicanaliticamente esclarecida."


Sigmund Freud - "O interesse científico da Psicanálise" - 1913

Terapia e AI

 


"Ok, a máquina aprendeu a falar, mas não pode aprender a calar, pois 'by design' é feita para responder.

O que está em jogo num diálogo terapêutico nem sempre é a entrega de uma informação, um aconselhamento ou, como muitos imaginam, uma interpretação que decodifique o relato.

Quando procuramos um especialista em algo (ou máquinas que pretendam ocupar esse lugar), vamos em busca de um 'saber', mas em uma experiência de análise, respostas pelo silêncio também farão parte do caminho.

No extremo disso, muitos reprovam psicanalistas por serem silenciosos demais, sugerindo indiferença ou pouca empatia.

"Mas embora esse personagem calado esteja mais para um estereótipo de cinema (penso até que falo demais nos atendimentos que conduzo...), um analista precisa, sim, ser capaz de operar pela subtração e pelo silêncio.

Nesse sentido, uma das contribuições mais interessantes que Lacan traz à psicanálise é a sessão sem tempo definido: não é o relógio que encerra burocraticamente a consulta, mas uma percepção de contexto, que permite ao analista fazer do encerramento uma intervenção.

E por que o silêncio como resposta importa tanto?

De modo bem resumido, por dois pontos cruciais:
1) para quebrar uma expectativa centrada sempre na próxima mensagem, devolvendo eco corporal e reflexão ao que já foi dito;
2) para trazer à luz o fato de que, numa análise, não há um saber pré-definido a ser entregue, mas um esforço de invenção, imerso num lugar de dificuldade autêntica.

Nessa medida, interrupções bem aplicadas na comunicação podem gerar efeitos bastante distintos de uma adição contínua de conteúdos, sejam gerados por modelos de linguagem ou não.

Mas por agora a vibe é abundante e acumuladora, com bombardeios de IA generativas por todos os lados. E nós ali no meio, únicos capazes de gerar silêncios" 

Reflexão proposta por Haendel Motta na Plataforma Linkedin

AI não pode substituir o serviço, trabalho de um(a) psicanalista e/ou psicólogo(a)...





Curso Legoterapia pelo Metaforum em Julho 2025



A brincadeira, o brincar, amplia e é um ingrediente poderoso, especialmente para crianças neurodivergentes.

Por meio do aprendizado lúdico, as crianças podem:
* Construir amizades significativas
* Sentir um verdadeiro senso de pertencimento
* Orgulhar-se de suas criações
* Aumentar sua confiança social e emocional
Conhecer, divertindo-se!
Comunicar, divertindo-se!
Criar, divertindo-se!


Por meio da brincadeira, intuição e possibilidades diversas trabalhamos habilidades e recursos no grupo presente, para que o mesmo possa ser levado adiante para sala de aula, grupos de estudos, reuniões sociais, atendimentos e consultoria.

A ideia desde curso é: 
Escutar, divertindo-se! 
Aprender, divertindo-se! 
Atender, divertindo-se!


O brinquedo de montar Lego como ferramenta conectiva na psicologia, educação, consultoria, terapias...

Para quem é esse produto?
Recurso para educadores, terapeutas e consultores.


Trainer: Psicoterapeuta René Schubert
Dias: 12 e 13 de Julho de 2025
Local: Aura Terapias Naturais - R. Luisiania, 234 - Brooklin/SP




Terapia com LEGO® - o uso do brinquedo de montar Lego como recurso terapêutico e ferramenta educacional - https://hotmart.com/pt-br/marketplace/produtos/terapia-com-lego-o-uso-do-brinquedo-de-montar-lego-como-recurso-terapeutico-e-ferramenta-educacional/G96777732T

Lançamento de livro: Sexualidade e Desejo

 



Sexualidade e Desejo 

Coordenação: Neia Martins e Andreia Nascimento

Lançado dia 07.06 a partir  na Livraria da Travessa do Shopping Villa Lobos



Titulo de meu artigo: Flores despetaladas - As feridas emocionais profundas causadas pelo abuso

Sinopse: 

A vivência do abuso — físico, sexual, verbal, moral ou psicológico — imprime marcas profundas no corpo e na psique, interferindo no desenvolvimento emocional e sexual do indivíduo. Este trabalho reflete, a partir da prática clínica e do referencial psicanalítico, sobre os impactos precoces do trauma, especialmente quando este ocorre na infância. Feridas emocionais não elaboradas podem gerar sintomas duradouros, como depressão, dependência química, compulsões, dissociação e autossabotagem, afetando vínculos e a construção da identidade.

A partir de dados alarmantes de violência contra crianças e adolescentes no Brasil, o texto evidencia que o abuso sexual infantil constitui não apenas um trauma individual, mas também uma questão de saúde pública e responsabilidade social. O corpo, como lugar de memória e expressão do trauma, manifesta a dor reprimida através de sintomas que negam o afeto, bloqueiam a intimidade e distorcem o senso de segurança.

Apesar da gravidade do fenômeno, há possibilidades terapêuticas. A escuta clínica, o acolhimento cuidadoso e o trabalho interdisciplinar oferecem caminhos de reconstrução simbólica e relacional. A psicoterapia, ao reconhecer a singularidade de cada vítima, pode ajudar a reorganizar seu “mapa-múndi” interior, rompendo ciclos de dor, silêncio e repetição.



Sinopse do livro: A sexualidade é um tema que desperta a atenção tanto de cientistas quanto do público leigo. Hoje em dia é difícil falar e entender sobre sexualidade, vivemos ainda sobre pressão e opressão da sociedade e das crenças limitantes que nos foram impostas desde o nosso nascimento. Nesta obra queremos que o leitor reflita a sexualidade não só como uma prática de relação sexual, e sim toda a complexidade ao seu redor, como o prazer, emoção, afeto e comunicação. Para que este livro fosse escrito, convidamos profissionais que atuam na área da sexualidade, com a intenção de elaborar uma obra abrangente em relação à sexualidade. Cada capítulo conta com a experiência profissional e conhecimento do autor que o escreveu. Portanto, várias abordagens e perspectivas foram apresentadas. É importante lembrar que a sexualidade é uma parte natural e normal da experiência humana, e o desejo sexual é altamente individual e pode variar consideravelmente de pessoa para pessoa. Além disso, problemas com desejo sexual são comuns e podem ser tratados com sucesso, muitas vezes com a ajuda de profissionais de saúde, como médicos e terapeutas sexuais. A comunicação aberta e o respeito mútuo dentro de um relacionamento são fundamentais para lidar com questões relacionadas ao desejo sexual e à própria sexualidade. Cada pessoa é única, e não há uma abordagem única para entender ou vivenciar a sexualidade e o desejo. O respeito e a comunicação aberta e honesta, são fundamentais para construir relacionamentos seguros e tranquilos.


Publicado pela Editora Agathos - @agathoseditora


Lançamento de livro: Superando as Sombras

 



Uma obra de coautoria com diversos olhares e exercícios para a temática:
Superando as Sombras - reflexões e exercícios na luta contra a violência à mulher
Coordenação: Néia Martins
Dia: 31.05 a partir das 18 horas
Local: Instituto Sarath - Rua Eça de Queiroz , 346- Paraíso/SP

Como coautor, René Schubert colaborou com o artigo: Estou aqui com você - Construindo a Rede de Apoio

Editora Psicos Up - Elaboramos produtos voltados para a Saúde Mental.

Livros, Baralhos e Jogos - Instagram: @editorapsicoup