“A felicidade não é algo pronto.
Ela vem de suas próprias ações” Dalai Lama
Refletindo sobre começos...
Um
novo ano se inicia, e junto a ele, uma série de planos, projetos, promessas,
expectativas a serem alcançadas. Neste período, no consultório de psicologia, é
muito comum trabalharmos como foi o ano anterior, o que deu certo, o que não
deu certo, o que poderia estar impedindo o sucesso, o que faltou, os medos, os
exageros, repetições de padrões, fracassos, inseguranças e, talvez o mais
importante, onde se gostaria de estar?
O projeto de vida é uma forma de
projeção no futuro. Mas não é simplesmente uma projeção imagética, do tipo: “Ah
que bom seria se...”. Por ser um projeto de vida, ele precisa ter algumas
características de fundamentação. Primeiramente, precisa ser escrito. Não basta
este ser pensado e elucubrado. Precisa ser colocado no papel. É uma forma de
concretização. Incrível como certos pontos ficam claros e outros se mostram
débeis quando efetivamente colocados no papel. Colocar no papel é uma forma de
projeção no futuro no sentido de objetivo, meta.
É importante que o projeto de
vida se baseie em coisas palpáveis, concretas e possíveis para a pessoa.
Objetivos claros e alcançáveis. Claros no sentido de pontuais, visíveis, precisos.
Não basta colocar: “quero ser ‘rico’ em 2020” ou “quero ser magro”, torna-se
mais pontual quando colocamos de forma objetiva: “Qual o valor mensal que
preciso em minha vida para me tornar ‘rico(a)’?” ou “Quantos quilos quero
ganhar/perder em determinado período de meu ano, para me sentir bem comigo
mesmo(a)?”.
Desta forma posso dividir meu
projeto de vida em algumas áreas que, para mim, são importantes em minha vida,
como por exemplo: Estudos, Carreira, Financeiro, Saúde, Família, Relacionamentos,
Espiritualidade. E para cada uma destas estabeleço para o ano, metas, tarefas,
objetivos, claros e possíveis. Para cada uma destas áreas e metas, coloco uma série
de questões para me orientar na direção que quero seguir como: O que é? (a
meta) Quando? (no sentido de tempo que iniciarei e até quando irei adiante com)
Quanto? (o custo ou investimento desta meta) Como? (procedimentos, recursos,
auxiliares que farão com que a meta seja percorrida, realizada) Para que? (no
sentido do que estou buscando com esta meta).
Como uma bússola, o projeto de
vida é um recurso para me orientar no ano estabelecido, nas áreas que desejar.
Ele pode e deve, de forma constante, ser revisto e atualizado. Pois após
estabelecidas as metas, surgirão as dificuldades, percalços, obstáculos,
desvios, pausas. Mas a meta está lá para nos lembrar do que estabelecemos para
nós mesmos naquele ano. Não no sentido de cobrança, mas no sentido de
orientação e possibilidade. Com o projeto de vida vou experimentar de forma
clara meus limites e minhas possibilidades. Vou visualizar e vivê-las. E como
em uma jornada minha, comigo mesmo(a), vou ajeitando o passo, o ritmo, o tempo.
Assim não espero o futuro, eu o realizo, com objetivos.
Referências para esta reflexão:
Coluna escrita por René Schubert para o Jornal Zen em Janeiro 2020 . Disponível de forma digital pelo link: https://issuu.com/jornal_zen/docs/pdf_janeiro_2020
Dalai Lama e Howard C. Cutler - A Arte da Felicidade: Um Manual Para a Vida. Martins Fontes, 2000
Napoleon Hill - A lei do triunfo: 16 lições práticas para o sucesso. José Olympio, 2014
Tadashi Kadomoto - Meu livro da Consciência: 365 mensagens para nossas boas escolhas de cada dia. Editora Gente, 2017, São Paulo.
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